sábado, 26 de janeiro de 2013

RISCOS LATENTES: UMA CONDIÇÃO INERENTE AOS SERVIÇOS DE SAÚDE

A antecipação e o reconhecimento de riscos são processos fundamentais na elaboração de um programa de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, sendo o PPRA o programa de Higiene Ocupacional mais conhecido e implementado entre os profissionais de SST. A Norma Regulamentadora NR – 32 “Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde” coloca como requisito técnico-legal a elaboração do PPRA que além dos riscos ambientais, físicos e químicos, deve contemplar, de forma mais profunda, os agentes biológicos nas suas mais diversas formas, contudo, estes agentes patógenos não possuem características que permitam aos profissionais de SST identificá-los por métodos qualitativos devido as suas dimensões microscópicas e pelo fato de não emitirem odores como a maioria dos gases e vapores químicos ou sons, aumento/diminuição de temperatura, vibrações etc. Neste ponto cabe ao SESMT ter uma parceria com a CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar), pois esta é responsável por identificar os microorganismos causadores de doenças e infecções dentro do ambiente hospitalar através de exames médicos específicos, tornando viável a utilização destes dados pelos profissionais de segurança e medicina do trabalho com a finalidade de otimizar o mapeamento dos agentes biológicos determinando os efeitos individuais e combinados que podem acometer os profissionais da saúde. Salientando que não podemos recorrer às praticas da idade média quando os móveis e utensílios, além do cadáver da vítima, eram queimados devido a morte ter sido causada por doenças como a cólera e a peste negra. Atualmente existem técnicas, equipamentos e métodos quantitativos que podem determinar ou quantificar os agentes biológicos (dependendo do tipo de tecnologia disponível), mas infelizmente são poucos os hospitais que investem recursos financeiros na aquisição de um coletor de Anderson, coletor de fenda/ RCS ou mesmo em Placas de Petri para realizar sedimentação dos agentes biológicos, este cenário torna-se ainda mais grave quando pensamos nos estabelecimentos do Serviço Único de Saúde – SUS. Assim, para aqueles que atuam nos serviços de saúde vale ressaltar a atenção que devemos despender na identificação e principalmente na tentativa de controlar coletivamente à exposição aos microorganismo virulentos (sendo praticamente impossível a eliminação dos mesmos), independente de terem baixa ou alta capacidade de patogenicidade. Comentem, quero saber a opinião dos nossos colegas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário